O rapper Kanye West confirmou em suas redes sociais na madrugada desta terça-feira (1º) que fará um show em São Paulo no dia 29 de novembro de 2025. A postagem do artista, que agora atende pelo nome de Ye, inclui um site para que os interessados se cadastrem para receber informações sobre a venda de ingressos, mas não dá informações sobre local e preços.
Segundo produtores que confirmaram a informação à Folha de S.Paulo na semana passada, Ye será a atração principal do primeiro de dois dias do festival Urban Movement, que espera receber até 100 mil pessoas. Esta será a primeira vez que o artista vem ao país desde 2013, e sua primeira apresentação por aqui desde 2011, quando foi atração do festival SWU.
Além do Brasil, o cantor americano também anunciou shows na China (12/7, em Xangai) e Eslováquia (20/7, em Bratislava), Coreia do Sul (26/7, em Incheon).
A confirmação chega em um momento de intensas controvérsias envolvendo o artista. Sua mais recente e polêmica música, intitulada “Heil Hitler”, que faz referência direta ao líder nazista, foi removida de plataformas como Spotify e Apple Music e gerou reações negativas em vários países.
Na Austrália, o governo confirmou que o visto de entrada do rapper foi revogado por conta da canção. “Ele não possui mais um visto válido para entrar na Austrália”, afirmou o ministro Tony Burke à emissora ABC. “Não vamos importar ódio deliberadamente. Se alguém tentar justificar o antissemitismo como algo racional, não vou permitir que essa pessoa entre aqui”, declarou.
No Brasil, a repercussão também foi imediata. A vereadora de São Paulo Zoe Martínez (PL) protocolou nesta quarta-feira (2) um projeto para declarar Kanye West “persona non grata” na cidade. “Promover ou trivializar tais símbolos e expressões constitui não apenas um atentado à memória das vítimas, mas também um perigoso incentivo à banalização da violência”, justificou a vereadora no documento.
Na Eslováquia, uma petição com mais de 5.000 assinaturas pede que o rapper seja impedido de se apresentar no festival Rubicon, em julho, classificando sua presença como “um insulto à memória histórica”.
Apesar das polêmicas, a apresentação em São Paulo parece seguir nos planos. A venda de ingressos deve ser aberta em breve.

